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Baby blues: até quando a tristeza pós-parto é normal

Baby blues: até quando a tristeza pós-parto é normal

O baby blues é um problema que pode acontecer no período pós-parto e afetar muitas mulheres. Para saber mais sobre esse assunto, leia este artigo na íntegra.

 

Neste mês de maio, preparamos uma série de artigos sobre a saúde da mulher. Para finalizar a série, vamos falar um pouco sobre um período cheio de mitos e de insegurança na vida da mulher. É baby blues, uma situação que muitas mães passam e, às vezes, ou não dão uma atenção a isso, ou não recebem apoio da família.

Muitas mulheres passam por períodos de tristeza no puerpério. Tanto que, de acordo com a American Pregnancy Association, entre 70% e 80% das mulheres têm algum sentimento negativo após o nascimento do bebê. Nem todos são relacionados ao baby blues. Porém, esse tema é de grande importância não só para as futuras mamães, mas, também, para os papais, avós, amigos e demais redes de apoio da gestante.

Então, continue a leitura e entenda mais sobre esse problema que acontece no puerpério.

 

Baby blues: o que é e quais as causas para isso

Após dar à luz, todas as atenções, geralmente, estão voltadas ao neném que nasceu. Assim, muitas vezes, a saúde e estado emocional da mulher passam despercebidos por ela e pela família. Inclusive, muitas se sentem culpadas por terem sentimentos como tristeza após esse momento repleto de alegria. Mas é importante que você saiba: no período pós-parto, é comum que muitas tenham uma mudança de humor.

Porém, nem sempre a mulher está passando por uma depressão pós-parto, mas, sim, por uma disforia puerperal, conhecida, também, como baby blues. O termo, que vem do inglês e equivale à depressão pós-parto ― mais adiante, mostraremos as diferenças entre os dois transtornos ―  é relacionado à tristeza que a puérpera pode sentir nos primeiros dias depois do parto. É comum durar até duas semanas.

É o que diz a Dra. Fernanda Loureiro, ginecologista e obstetra aqui na CM Martins: “assim que o bebê nasce, algumas mães acabam, nas primeiras semanas de vida da criança, dando lugar a um estado de ansiedade, melancolia, e choro fácil, chamado de blues puerperal. Isso é muito comum e, geralmente, acontece nos 10 primeiros dias de vida do bebê e passa naturalmente depois desse período”.

Esse problema, geralmente, ocorre pela alteração hormonal abrupta que acontece após o parto. Isso porque com o descolamento da placenta dentro do útero, a comunicação hormonal da mulher com o bebê se perde. Assim, o corpo reage a isso. Assim, ela se sente mais sensível, insegura e culpada, pois gostaria de estar bem. O problema pode surgir nas primeiras 24h após o nascimento e pode durar até duas semanas. Pode estar relacionada, também, a questões emocionais e transtornos psiquiátricos que a paciente tinha antes da gestação.

 

Confira os sintomas do baby blues

Como mencionamos, o baby blues é uma tristeza pós-parto. Ele se caracteriza por um estado regressivo, de melancolia e nostalgia.

Por isso, alguns indícios podem surgir, tais como:

  • Preocupação em excesso com a saúde do bebê;
  • Vontade de chorar, mesmo sem um motivo;
  • Comentários autodepreciativos;
  • Mais sensibilidade emocional;
  • Bruscas mudanças de humor;
  • Dificuldade de concentração;
  • Estado de ansiedade;
  • Alterações do sono;
  • Irritabilidade;
  • Insegurança;
  • Impaciência.

Apesar de assustar, esses sintomas acontecem de forma branda. Sendo que, normalmente, desaparecem depois de duas semanas.

 

Veja a diferença entre baby blues e depressão pós-parto

Os sintomas que caracterizam os dois quadros são bem parecidos. Entretanto, o baby blues não é a depressão pós-parto. Nesse caso pode ser que ela esteja com um quadro de depressão pós-parto. Isso porque o segundo caso costuma acontecer quando a mãe já possui um histórico de depressão antes e durante a gravidez.

O baby blues, apesar das características, não atrapalha a vida da mulher. A depressão pós-parto, sim. Muitas deixam de se alimentar corretamente e de amamentar. Tudo é mais acentuado: a tristeza, a culpa, o choro, a insônia, melancolia, entre outros. Inclusive, faz com que a mãe não tenha forças para viver a nova rotina. E, em casos graves, elas chegam a ferir seus bebês e a si mesmas.

Para saber mais sobre essa doença psiquiátrica, leia: Entenda sobre a depressão pós-parto e como identificar os sinais.

 

Como é feito o diagnóstico e tratamento 

Em qualquer sinal de mudança de humor ou comportamento, é fundamental procurar o obstetra. Este profissional está apto a cuidar do quadro do baby blues ou, se for o caso, acompanhá-lo junto ao psicólogo ou psiquiatra.

Mas o tratamento começa dentro de casa: com o acolhimento, carinho e apoio da família e dos amigos. Isso é fundamental para que os hormônios se regulem e para ajudar a mamãe a voltar à rotina e cuidar do seu bebê.

Quanto à mulher, a Dra. Fernanda deixa um recado! “Não tenha medo de contar ao seu obstetra caso sinta essas coisas. Você precisa de muito apoio da família nesta fase e seu obstetra saberá conduzir a situação!”.

Algumas ações também podem contribuir para a melhora do quadro. O primeiro, claro, é abrir seus sentimentos, contar à família como se sente e como eles podem ajudá-la. Você não precisa dar conta de tudo, então, saiba quando é hora de pedir ajuda. Inclusive, um bebê muda toda a rotina da família, então, divida as responsabilidades.

Não se sinta pressionada por revistas, novelas, filmes e redes sociais. Não existe vida perfeita! Você vai encontrar desafios com a chegada do seu bebê, então, nada de se basear e se comparar.

Outro ponto importante é manter uma alimentação equilibrada. Além de contribuir para amenizar os sintomas do baby blues, você irá ajudar na sua produção de leite e, assim, você poderá amamentar o seu filho. Ainda, queremos dizer que você não está sozinha! E, quando precisar, siga o conselho da Dra. Fernanda e “conte sempre com a ajuda do obstetra”.

 

Conseguiu entender o que é o baby blues? Caso tenha alguma dúvida, deixe aqui nos comentários. E, para receber mais conteúdos sobre saúde e bem-estar, acompanhe nossas redes sociais.

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