O pterígio é um problema ocular indolor e silencioso, mas que pode causar alguns desconfortos nos pacientes. Para saber mais sobre essa doença, leia o artigo.
Vermelhidão e ardência nos olhos são sintomas que podem indicar algum problema ocular. Especialmente, quando vêm seguidos de outros sinais, incluindo a sensibilidade à luz e o surgimento de uma pequena carne no canto interno dos olhos. Esses são indícios de uma doença chamada de pterígio.
Ele pode aparecer em pessoas de diversas idades e, se descoberto na fase inicial, não gera grandes complicações. Então, para descobrir o que é o pterígio, as causas e sintomas, leia este artigo. Nele, separamos informações importantes para lhe ajudar a conhecer melhor sobre essa patologia ocular.
O que é o pterígio?
Em grego, o termo pterígio significa “pequena asa” e, também, é conhecido popularmente como “carninha do olho”. A doença é uma alteração na membrana incolor, a conjuntiva. Ela se dá quando uma película avermelhada que se desenvolve em um ou nos dois olhos. Normalmente, esse tecido tem seu início na esclera, a superfície branca do globo ocular, indo em direção à pupila.
É uma patologia benigna e indolor, sendo que, geralmente, só é notado porque os vasos sanguíneos oculares ficam visíveis e saltados. O pterígio possui diversos tamanhos e cores, podendo ser branco, rosa, cinza, amarelo e, até mesmo, incolor.
O pterígio é classificado em três tipos. São eles:
- I – a “carninha” avança na córnea com menos de 2 mm, possuindo um corpo bem definido;
- II – tem de 2 a 4 mm e se localiza sobre a córnea, o que pode resultar em astigmatismo ou redução da visão;
- III – acaba entrando na zona ótica e reduz a visão, pois fica a mais de 4 mm sobre a córnea.
Geralmente, sua progressão ocorre de maneira lenta ao longo dos anos. E, em alguns casos, temporariamente para de crescer. Porém, pode voltar a evoluir a qualquer momento. Já quando o seu desenvolvimento ocorre de forma agressiva, atinge a córnea. Se isso acontecer, pode distorcer sua curvatura, afetando a acuidade visual e criando cicatrizes ou deformidades. Assim, a visão do paciente pode ficar parecida aos dos diagnosticados com ceratocone, uma condição hereditária que pode levar à cegueira parcial.
Quais as causas e fatores de risco da doença?
Existem alguns agentes causadores do pterígio. Entre eles, o principal é a exposição aos raios UVA e UVB, sem proteção. Porém, nesses casos, acontece somente em pessoas com predisposição genética. Além disso, outras causas da doença são:
- contato com produtos químicos e agentes poluidores, como areia, fumaça, poeira sem proteção;
- exposição excessiva ao vento;
- olhos secos.
Outra informação importante é que o pterígio ocorre com mais frequência em indivíduos que moram em regiões quentes e secas. Também, em pessoas que ficam mais tempo ao ar livre, sem proteger os olhos. Ainda, apesar de a doença atingir pacientes de qualquer idade, ela é mais comum em homens entre 20 e 40 anos.
Quais os sintomas do pterígio?
Os sintomas que antecedem o aparecimento da “carne do olho” são comumente confundidos com os da conjuntivite. Isso se dá porque, na fase inicial do pterígio, são comuns os seguintes sinais:
- sensação de cisco ou grãos de areia nos olhos;
- vermelhidão e irritação na região;
- fotofobia – sensibilidade à luz;
- ardência ocular e coceira;
- inflamação.
Fora esses incômodos, o pterígio não causa grandes riscos à saúde. Porém, em casos em que ele se desenvolve com mais agressividade, como falamos anteriormente, ele pode afetar a córnea. Assim, pode gerar um quadro de astigmatismo.
Como saber se o seu problema é o pterígio?
Assim como qualquer outra doença ocular, quem faz o diagnóstico é o médico oftalmologista. Então, assim que sentir qualquer desconforto nos olhos, procure um especialista.
Para saber se o seu problema é o pterígio, serão realizados alguns exames. Tais como o teste de acuidade visual, a topografia corneana e, além disso, o oftalmologista poderá fazer a documentação fotográfica do seu caso. Assim, por meio das fotos, ele conseguirá acompanhar a evolução da patologia.
Quais as opções de tratamento?
Quando o pterígio não está muito avançado, o tratamento pode ser feito com o uso de colírios anti-inflamatórios. O medicamento agirá eliminando a vermelhidão e a irritação, evitando que o problema avance. Além disso, o oftalmologista poderá indicar a aplicação de lágrimas artificiais, ou seja, lubrificantes tópicos para evitar o ressecamento ocular.
Porém, em casos avançados ou quando esse tratamento falha, a cirurgia é recomendada. Também, para casos em que a acuidade visual do paciente fica comprometida ou, ainda, ele se incomoda com a aparência estética dos seus olhos.
O procedimento consiste na remoção do pterígio e na reconstrução da conjuntiva. É realizado com anestesia local e sedação. É muito importante mencionar que a cirurgia não garante que a doença não volte a aparecer.
Há maneiras de prevenir o pterígio?
Assim como no caso de outros problemas, a visita regular a um oftalmologista é indispensável para garantir a saúde dos olhos. Isso ajuda a prevenir não só o pterígio, mas a descobrir outros problemas, como a hipertensão ocular. Além disso, evita que algumas condições se desenvolvam rapidamente, como catarata.
Também, é muito importante utilizar óculos escuros com proteção contra a radiação solar, recomendados pelo médico. Você também pode usar bonés, chapéus e sombrinhas para evitar a exposição aos raios UV.
Indivíduos que utilizam frequentemente moto e bicicletas, igualmente, devem dispor de ferramentas que defendam os olhos da ação do vento e poeira. Ademais, pessoas que permanecem por longos períodos em ambientes com ar-condicionado e clima seco, devem se cuidar. Nesses casos, o uso de colírios lubrificantes pode ser indicado para manter os olhos bem hidratados.
No artigo de hoje, você pôde conhecer um pouco mais sobre o pterígio. Caso possua algum sintoma, não exite em procurar o seu oftalmologista. Aqui na CM Martins, possuímos um excelente especialista que poderá tirar todas as suas dúvidas, além de dar o seu diagnóstico. Para agendar sua consulta, acesse.
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