A puberdade chega e junto a ela um monte de dúvidas. Entre elas: como funciona a primeira consulta ao ginecologista? A gente conta tudo neste artigo!
Com a chegada da puberdade, muita coisa acontece com o corpo e a mente das mulheres. E ela chega cada vez mais cedo, o que leva meninas cada vez mais novas a procurar pela primeira consulta com um ginecologista. Há 100 anos, a primeira menstruação (também chamada de menarca) acontecia por volta dos 14 ou 15 anos; hoje, a idade média é de 12 ― e nos consultórios médicos não é difícil encontrar meninas que menstruaram pela primeira vez aos 10 anos.
A chegada da primeira menstruação é um marco importante e, normalmente, o momento de realizar a primeira consulta com o ginecologista. Mas, a visita ao consultório pode acontecer antes disso, já nos primeiros sinais da chegada da adolescência ou diante de doença do órgão reprodutor, como a candidíase. Não existe uma regra ou idade ideal, uma vez que muitas particularidades ― como os aspectos emocionais ― devam ser levadas em consideração.
No artigo de hoje, você vai entender melhor como funciona a primeira consulta ao ginecologista e o que esperar desse encontro.
Primeira consulta no ginecologista: como funciona?
Há algum tempo, era comum que as mulheres procurassem o ginecologista apenas após o casamento ou, então, já na primeira gestação. Até então, elas se consultavam com médicos conhecidos da família ou clínicos gerais que, embora possam ajudar a esclarecer algumas dúvidas, não eram profissionais especializados na saúde reprodutiva da mulher.
Atualmente, as consultas ocorrem mais cedo e isso é ótimo! Essa é uma chance de a adolescente aprender mais sobre o próprio corpo e tirar dúvidas com um profissional capacitado.
A primeira ida ao consultório costuma ocorrer com a presença da mãe ou de algum outro responsável pelo fato da paciente ser menor de idade. Entretanto, a vontade da paciente é o que vale: se ela preferir entrar sozinha, sem problemas.
É bom esclarecer que, embora a presença seja permitida, a consulta é da paciente, não de quem a acompanha! A presença é autorizada para que o profissional possa conhecer melhor o âmbito familiar de quem está sendo atendida, o contexto na qual está inserida e colher mais informações sobre hábitos e histórico de doenças na família, como casos de câncer de mama ou de colo de útero.
Após esse primeiro contato, a paciente deve ficar a sós com o ginecologista. Outro ponto bastante importante de lembrar é que nada do que é dito no consultório será falado a nenhuma outra pessoa. O Conselho Federal de Medicina e os Códigos Penal e Civil brasileiros preveem sanções aos profissionais que revelarem a terceiros o que foi dito dentro do consultório. Portanto, esse é o momento de perguntar o que for preciso e não omitir informações!
Haverá exames? Quais?
Pode ser que sim. O exame físico é diferente entre as meninas que são virgens e aquelas que já tiveram relações sexuais mas, independentemente do caso, ele só acontece na primeira consulta se a paciente sentir-se à vontade.
Nos casos de meninas ainda virgens, o exame é realizado nos seios, abdômen e na parte externa da região genital. Esses exames acontecem em uma cadeira ginecológica, que tem apoios para as pernas, de modo a deixar a região genital exposta para o exame visual.
Muitas meninas que ainda não iniciaram a vida sexual questionam o profissional sobre a possibilidade de uso de absorventes internos. Para responder a essa pergunta, é preciso um exame que averigua o tipo de hímen.
É interessante saber que os exames são realizados utilizando espelhos para que a paciente observe o processo e conheça melhor o próprio corpo, acompanhando tudo junto ao profissional.
Quais perguntas o profissional irá fazer?
Não existe um roteiro pronto e tudo depende muito também da paciente. Esse primeiro contato é uma forma do médico conseguir se aproximar da paciente, deixá-la à vontade, então, pode-se transcorrer uma conversa bastante informal.
Algumas perguntas são praxe, como as que dizem respeito ao ciclo menstrual, vida sexual e desconfortos físicos, como as cólicas menstruais. Na verdade, durante a primeira consulta ao ginecologista, o esperado é que a maioria das perguntas venha da própria paciente. E é papel do profissional esclarecer uma a uma de maneira didática, garantindo que, ao final do encontro, não tenha restado nenhuma dúvida.
Recomendações gerais para a primeira consulta ao ginecologista
Consultar-se com um especialista pela primeira vez costuma ser motivo de timidez para a maioria das meninas. E não é para menos! Afinal, ficar frente a frente a um profissional que irá debater questões tão íntimas pode ser bastante desconfortável. Mas, é preciso deixar a vergonha de lado!
Confira algumas recomendações para a primeira consulta:
- Elabore uma lista com as suas principais dúvidas. E não deixe nada passar! Quando falamos de saúde, nenhuma pergunta é boba e o profissional está ali para responder a todas elas;
- Deixe a timidez de lado. Não apenas no momento de responder as perguntas, mas também verbalize se estiver se sentindo desconfortável com algum exame ou toque;
- Para as demais consultas, é preciso que a mulher esteja fora do período menstrual. Mas, como a primeira consulta é muito mais informativa, não há problema de ir ao médico mesmo menstruada.
Como falamos anteriormente, a consulta é da paciente. É ela quem, basicamente, determina o que acontecerá durante o encontro. Perguntas que não têm relação com a saúde, toques que vão além do necessário para a realização de exames e outras situações constrangedoras não são normais em um exame ginecológico e devem ser relatadas à mãe ou responsável legal.
Embora seja um momento novo, a primeira consulta ao ginecologista deve ser encarada com naturalidade. É um momento de tirar dúvidas, conhecer o próprio corpo e obter informações de quem tem formação e didática. Não apenas isso, mas é o começo de um cuidado que deverá ser seguido a vida toda.
Se chegou a hora de marcar a primeira consulta ao ginecologista, entre em contato conosco e agende com um de nossos médicos! Aqui, você encontra profissionais especializados e que prezam pelo atendimento humanizado, tratando cada paciente com a individualidade que ele merece e precisa.
