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Vaginismo x Vulvodínia: Conheça as diferenças

Vaginismo x Vulvodínia: Conheça as diferenças

Vaginismo e vulvodínia são consideradas dispareunias. Isso quer dizer que causam dor na hora da penetração. Porém, elas são disfunções diferentes. Saiba mais!

 

A vulvodínia e o vaginismo são duas doenças que provocam dor durante a relação sexual. Apesar de algumas semelhanças, são problemas distintos. Contudo, ambas necessitam de um acompanhamento multidisciplinar, ou seja, com equipes da saúde que atuam em áreas diferentes. Leia o artigo de hoje e saiba mais sobre essas condições!

 

Vaginismo e vulvodínia: conheça as semelhanças e diferenças

Tanto o vaginismo quanto a vulvodínia são consideradas dispareunias, ou seja, uma dor que se apresenta no ato sexual . Porém, há algumas diferenças de sintomas e tratamentos entre elas. Quer saber quais? Continue a leitura!

 

Vaginismo

O vaginismo é um distúrbio em que há espasmos e contrações involuntárias dos músculos da vagina e do assoalho pélvico. É um problema doloroso que pode dificultar e até impedir a penetração vaginal. Além disso, o uso de absorventes internos e exames como papanicolau se tornam bastante incômodos. Boa parte das causas do vaginismo estão ligadas a traumas psicológicos.

Existe o primário, em que a mulher não passou por qualquer tipo de penetração, seja por objetos, exames ou contato íntimo. Em contrapartida, eventos traumáticos, partos e chegada da menopausa são classificados como secundários.

 

Vulvodínia

Já a vulvodínia, apesar de também apresentar dor durante a relação sexual ou na utilização de absorvente interno, não está ligada à contração dos músculos. É uma condição crônica, ou seja, que dura mais que 3 meses, podendo ser constante ou não.

O desconforto é semelhante a uma ardência ou picada de inseto na área da vulva. Normalmente, existe um ponto de gatilho da dor, que é espalhada para outras áreas. Ele pode ser acionado com o uso de calças apertadas. Outra característica marcante é que a sensação de ardência pode durar até dias depois da relação.

Assim, a vulvodínia generalizada e espontânea é aquela em que a queixa é constante, enquanto a localizada e provocada é estimulada pelos acontecimentos citados. Agora, compreenda as várias frentes de tratamento para as duas doenças!

 

Entenda a importância do atendimento multidisciplinar

Tanto o vaginismo quanto a vulvodínia precisam de uma abordagem que leve em conta vários aspectos da saúde da mulher. Esse é um alerta que a Dra. Fernanda Loureiro, ginecologista e obstetra do Centro Médico Martins, sempre faz.

A equipe multidisciplinar é de extrema importância porque a vulvodínia, por exemplo, conseguimos tratar também com acompanhamento nutricional. No vaginismo, temos ainda a parte psiquiátrica e psicológica, onde é fundamental a supervisão”, salienta.

A fisioterapeuta Fernanda Bellomo, também do Centro Médico Martins, esclarece que a diferenciação é feita durante a avaliação. Ela analisa vários sinais além dos sintomas mencionados. “No vaginismo, na hora que o fisioterapeuta vai fazer uma abordagem, ele vê indícios claros. A paciente transpira, fica nervosa, não consegue afastar as pernas. Os sintomas da vulvodínia têm pontos gatilhos de dor que irradia para o resto da vulva”.

Como foi dito, o vaginismo pode ter um fundo traumático. Por isso, existe a necessidade de psicólogos e psiquiatras no tratamento. Além disso, uma mudança na alimentação, orientada por nutricionista, tem capacidade de melhorar a lubrificação, o que ajuda na hora da penetração.

A fisioterapia pélvica tem muitas ferramentas para lidar com a vulvodínia. Os exercícios diminuem a dor, aumentam a percepção corporal e a elasticidade vaginal. Além disso, o profissional ainda dá orientações para as atividades sexuais. Por ser uma dor crônica, pode desencadear transtornos psicológicos. Assim, profissionais da saúde mental precisam ser acionados.

 

Saiba por que é preciso vencer barreiras

Uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), apontou dados alarmantes. Segundo o estudo, mais de 6 milhões de brasileiras não frequentam o ginecologista. Além disso, 4 milhões nunca se consultaram nessa especialidade.

Um dos resultados disso é que pelo menos 20% das mulheres com 16 anos ou mais correm o risco de ter algum problema ginecológico. As razões apontadas são o desconhecimento, descaso ou falta de preocupação com a prevenção.

Outro levantamento, agora feito pelo Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), mostrou que 50% das mulheres não foram ao ginecologista em 2020. Os fatores descobertos para o quadro foram o desconhecimento da importância dos exames, dificuldade de acesso, vergonha e medo.

Além disso, foi apontado que metade das mulheres estão desinformadas sobre câncer de colo de útero. Outro ponto relevante é que não sabem que o HPV é um dos principais causadores desse tipo de doença. Essas condições são analisadas e orientadas em exames de rotina, por isso é essencial se consultar.

É importante levar todos os sintomas a sério. Muitas vezes, as mulheres sentem vergonha do corpo e, por isso, não procuram ajuda. Além disso, há a falta de informação sobre o funcionamento da própria constituição física. Porém, é preciso vencer essa barreira e entender que a saúde da mulher precisa ser tratada de forma integral.

Falando em desconhecimento do corpo feminino, existe um outro ponto que tem o funcionamento cercado de dúvidas e tabus. Então, não basta apenas saber da existência do clitóris, tem que entender como ele funciona. Leia o nosso texto e fique por dentro do assunto! Ele é importante tanto para mulheres quanto para os homens. Por isso, não deixe de compartilhar, ok?

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