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Tratamento de Alzheimer: tudo o que você precisa saber

Tratamento de Alzheimer: tudo o que você precisa saber

O Alzheimer é o tipo de demência que mais afeta pessoas em todo o mundo. Entretanto, a doença tem tratamento. Leia e conheça os detalhes.

 

Atualmente, mais de 1,2 milhões de brasileiros sofrem com o Mal de Alzheimer. E a expectativa da Organização Mundial de Saúde não é animadora: estima-se que até 2030, 65 milhões de pessoas em todo o mundo sofrerão com o tipo de demência mais comum (em escala global, o número atual é de 35,6 milhões de acometidos). E o tratamento da Doença de Alzheimer parece não acompanhar a progressão dos casos.

Embora a neurociência esteja realizando pesquisas importantes ― e bastante promissoras ― no combate ao Mal de Alzheimer, o tratamento disponível hoje não tem grandes novidades. Na verdade, nos últimos 15 anos, nenhum novo medicamento foi lançado para conter a perda cognitiva e das 244 drogas testadas entre 2000 e 2012, apenas uma mostrou alguma ação digna de nota.

No artigo de hoje, você vai conhecer um pouco mais sobre os medicamentos utilizados no tratamento do Alzheimer e quais outras medidas podem ser tomadas para evitar a rápida degeneração dos neurônios. Confira.

 

Entenda o que acontece com o cérebro no Mal de Alzheimer

Antes de falarmos dos medicamentos disponíveis hoje nas farmácias, é preciso entender um pouco melhor o que acontece no cérebro de uma pessoa com Mal de Alzheimer.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, ou seja, aos poucos deteriora os neurônios, fazendo com que o doente perca memória e outras capacidades cognitivas. A enfermidade ainda não tem cura, embora testes feitos em ratos utilizando células-tronco tenham mostrado bons resultados.

As causas para o aparecimento da doença podem ser muitas, incluindo a predisposição genética (responsável por apenas 1% dos casos), mas os grandes vilões do cérebro são os mesmos dos pulmões, coração e rins: má alimentação, sedentarismo e estresse.

Os anos de negligência com a saúde, somados ao avanço da idade, provocam um estado de inflamação em todo o corpo, atingindo também a massa cinzenta. Esse quadro leva ao acúmulo da proteína beta-amiloide, que, ao formar placas, destrói os neurotransmissores, chamados acetilcolina. Com o avanço do quadro, o interior das células neurais também é atacado. Outra proteína, a TAU, promove um verdadeiro emaranhado nos neurônios, o que os leva ao colapso.

O Alzheimer apresenta diversos estágios, sendo que o pré-clínico, quando os sintomas ainda são amenos, dura até 20 anos. No decorrer do avanço da demência, o quadro tende a se agravar, atingindo o senso de orientação, memórias remotas (as mais antigas) e funções cognitivas, como esquecimento do nome de objetos e linguagem até chegar ao estágio final, onde há dificuldade para andar, comer e manter-se funcional.

 

O tratamento da doença de Alzheimer

Se engana quem pensa que o tratamento do Alzheimer é feito apenas à base de medicamentos. É preciso entender que, por ser uma doença complexa, várias especialidades médicas devem trabalhar em conjunto para desacelerar o avanço da doença. Estímulos cognitivos, físicos e sociais são altamente recomendados para preservar o bem-estar do doente.

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), do Ministério da Saúde, preconiza o uso dos medicamentos Donepezila, Galantamina, Rivastigmina e Memantina. Esses medicamentos podem ser utilizados de maneira isolada ou combinados, dependendo da avaliação médica e estágio da doença.

As drogas utilizadas no tratamento contra o Alzheimer, como já citado, não curam a doença. Elas atuam para evitar que os neurotransmissores sejam destruídos e para aumentar a plasticidade neural. O objetivo é manter o paciente funcional, retardando o avanço da enfermidade.

Apenas um médico poderá receitar o tratamento mais adequado, mas também é comum o uso de medicamentos psiquiátricos. Isso acontece porque, na medida em que a doença avança, há uma tendência forte ao isolamento e à agressividade. Portanto, a introdução de novas drogas no tratamento pode acontecer para tratar doenças que possam ocorrer em função do Alzheimer.

É importante ressaltar que diversos suplementos e produtos comercializados livremente e que dizem atuar no tratamento do Alzheimer não têm eficácia comprovada, então, é melhor evitá-los e seguir à risca as orientações médicas.

 

Como a família pode ajudar no tratamento do Alzheimer

O Alzheimer é uma doença que não acomete apenas uma pessoa, mas impacta também todos aqueles que convivem com o doente. Grande parte do tratamento se deve àqueles que cuidam do portador do Mal de Alzheimer que, por meio de alguns cuidados e estímulos, podem ajudar a preservar a funções e manter habilidades já aprendidas.

Como citado acima, os estímulos cognitivos são fundamentais para o tratamento. Memória, linguagem, comunicação, raciocínio lógico e planejamento devem ser exercitados com atividades continuadas e sistemáticas. Entretanto, é preciso a ajuda de um profissional para determinar os melhores exercícios e a frequência exata para aplicá-los.

O estímulo social também é de suma importância para a manutenção da qualidade de vida. É preciso afastar a apatia e a tendência ao isolamento encontrando pessoas e saindo de casa. Assim, consegue-se trabalhar as habilidade de socialização, linguagem, raciocínio e comunicação.

Por fim, o estímulo físico não pode ficar de fora. Assim como o sedentarismo pode ser um estopim para o desenvolvimento do Alzheimer, a falta de exercícios durante o tratamento também ajuda a agravar o quadro. Além de fortalecer a musculatura, garantindo mais independência nas tarefas diárias, as atividades físicas também melhoram o senso de coordenação. Os exercícios aeróbicos são recomendados, mas sempre sob supervisão.

Uma outra medida que pode ser adotada é a organização dos ambientes onde a pessoa com Alzheimer vive. Ao se deparar com lugares desorganizados ou situações agitadas, pode haver confusão mental e isso impacta diretamente no humor do doente. Manter a ordem dos ambientes têm uma função muito mais psicológica, garantindo o bem-estar emocional do acometido.

Embora o tratamento para o Alzheimer tenha como função apenas retardar o avanço da doença e preservar a qualidade de vida, muito tem se descoberto no que tange a sua prevenção. Hoje, já se sabe que o processo de perda de neurônios se inicia de 15 a 20 anos antes dos primeiros sintomas, o que dá uma ótima chance de se investir em prevenção e na adoção de hábitos mais saudáveis.
Se você tem casos de Alzheimer na família que precisam de tratamento ou, então, percebe que leva um estilo de vida que propicia o surgimento da doença, agende a sua consulta com um de nossos profissionais.

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