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Conversa com o doutor: cirurgia refrativa

Conversa com o doutor: cirurgia refrativa

Para esclarecer algumas dúvidas sobre a cirurgia refrativa, conversamos com a Dra. Juliana Martins, oftalmologista aqui na CM Martins. Confira a entrevista!

 

A cirurgia refrativa é um procedimento médico bastante comum para realizar a correção de problemas oftalmológicos. Porém, há alguns mitos e dúvidas acerca dessa operação, tais como indicação, benefícios e riscos.

Para lhe ajudar a conhecer mais sobre esse assunto, conversamos com a Dra. Juliana Martins Petroni Novello, médica formada pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), em 2010. Com especialidade em oftalmologia, pelo Instituto Suel Abujamra, a profissional atende na CM Martins há 8 anos.

Então, continue lendo e acompanhe a entrevista para esclarecer as suas dúvidas. 

 

Conhecendo a Cirurgia refrativa

P: O que é a cirurgia refrativa?

CM: Esse é um procedimento cirúrgico simples, sem a necessidade de internação do paciente. É realizado para corrigir o erro refracional de uma pessoa. Ou seja, o grau dos óculos que o paciente precisa para melhorar o seu foco de visão. A cirurgia refrativa é feita com um equipamento chamado Excimer Laser, um dispositivo que utiliza uma luz ultravioleta para remodelar a superfície da córnea e modificar sua curvatura.

 

P: Quais as técnicas de cirurgia refrativa?

CM: Existem alguns tipos de cirurgia refrativa e cada uma é indicada para um caso específico. Podemos citar: 

  • LASIK: é a técnica mais conhecida para correção do erro refracional. Consiste em realizar um fino corte (flap) no epitélio (tecido corneano). Esse é levantado para a aplicação do laser de femtosegundo, que fará a correção do grau. Ao final, o flap é reposicionado. É indicada quando a córnea tem espessura adequada para a operação.
  • PRK: essa envolve uma raspagem para remover a camada externa e superficial da córnea, possibilitando a aplicação do laser para a correção. Após o procedimento, o paciente precisa utilizar uma lente de contato terapêutica, que ajuda a cicatrizar e aliviar o incômodo. É indicado para córneas mais finas. 
  • Cirurgia personalizada: após uma avaliação das características oculares do paciente, permite realizar a correção não só do grau, mas das particularidades de cada olho. É utilizada quando há muita irregularidade na córnea ou após algum procedimento. 
  • Faco-refrativa: basicamente, é a substituição do cristalino por uma lente intraocular multifocal. É indicada para graus leves de catarata e pacientes que possuem presbiopia.
 

Para que serve a cirurgia refrativa

P: Quando ela é indicada? 

CM: Basicamente, a cirurgia refrativa é indicada quando o paciente tem necessidade de correção de grau e não se adapta aos auxílios corretivos, como óculos e lentes de contato. Os erros refrativos mais comuns, e que têm mais procura pela cirurgia, são: a miopia (dificuldade de enxergar de longe), a hipermetropia (problema para ver de perto) e o astigmatismo (resulta em imagens distorcidas).

 

P: E quais doenças oculares impossibilitam a realização da cirurgia?

CM: Algumas doenças corneanas impossibilitam a realização do procedimento. Podemos citar o ceratocone, bem como outras degenerações da córnea. Além isso, pessoas com fragilidade retiniana também não devem se submeter a essa cirurgia.

 

P: Além de doenças oculares, outros fatores podem interferir na eficácia do procedimento?

CM: Infelizmente, sim! A eficácia da cirurgia refrativa depende de alguns fatores. O principal é a realização do procedimento correto. Além disso, fatores ambientais favoráveis e cuidados pós-operatórios também são muito importantes para o sucesso do procedimento.

 

P: Para realizar a cirurgia, o grau deve estar estabilizado há quanto tempo?

CM: Ele deve estar estabilizado há 2 ou 3 anos.

 

P: Crianças podem fazer o procedimento? Qual é a idade permitida?

CM: O procedimento deve ser feito em pessoas acima dos 21 anos, e desde que o grau esteja estabilizado. Portanto, em nenhuma hipótese, ele deve ser realizado em crianças.

 

Benefícios e riscos da cirurgia

P: Quais os benefícios da cirurgia?

CM: O maior benefício da cirurgia é a não utilização de auxílios ópticos corretivos, como lentes de contato e óculos. Isso proporciona outras vantagens e praticidades no dia a dia do paciente, como realização de algumas atividades físicas com mais conforto.

 

P: E existem riscos? 

CM: Assim como qualquer procedimento cirúrgico, existe risco, sim. Podemos citar infecção, dobras corneanas, ectasias na córnea, irregularidades do flap, o glare (ofuscamento da visão) entre outros. Ainda há a possibilidade do problema oftalmológico voltar. 

 

Durante a cirurgia

P: Quanto tempo demora a cirurgia? 

CM: Isso depende de alguns fatores. Mas leva, em média, 15 a 20 minutos em cada olho.

 

P: A cirurgia causa dor?

CM: Não! A cirurgia, que é realizada sob anestesia tópica, ou seja, com um colírio de ação anestésica, é indolor. O paciente pode sentir apenas um desconforto ou uma leve pressão ocular.

 

Pós-cirúrgico 

P: Como é o pós-operatório da cirurgia refrativa?

CM: Geralmente, ele é tranquilo. Alguns pacientes necessitam de repouso e outros podem precisar do uso de lente de contato terapêutica. Porém, a todos é recomendado o uso de colírios analgésicos. Ainda, às vezes, é preciso fazer uso de medicamentos orais. Pode surgir desconforto nos primeiros dias do pós-operatório, mas isso é normal. Caso seja em excesso, é recomendado entrar em contato com o oftalmologista.

 

P: Depois do sucesso da cirurgia, o paciente tem que realizar algum cuidado para “manter o resultado”? 

CM: Sim! As principais recomendações são: não coçar os olhos, pois pode deformar a córnea, e lubrificar sempre para evitar o olho seco e inflamações recorrentes. Além disso, é ideal realizar um acompanhamento regular com o médico oftalmologista, que solicitará exames, como a topografia corneana, para monitorar o sucesso do procedimento.

 

P: Após a cirurgia, o paciente continuará usando óculos? 

CM: Geralmente, não é necessário o uso de óculos. Porém, há alguns casos que são impossíveis as correções totais do grau. Nessa situação, o uso do auxílio corretivo será continuado, mas com o eixo da lente regulado. Ainda, os pacientes presbitas (conhecidos como vista cansada) e com recidivas precoce, também necessitarão do uso de óculos ou lentes.

 

Este conteúdo foi produzido em parceria com a equipe médica da CM Martins. Portanto, para uma melhor compreensão do leitor, algumas respostas podem ter sido editadas. Entre em contato com nossos atendentes e marque a sua avaliação oftalmológica.

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