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Resistência insulínica: a condição silenciosa que leva à diabetes

Resistência insulínica: a condição silenciosa que leva à diabetes

A diabetes é uma das principais causas de morte no mundo. Entenda como a resistência insulínica contribui para o surgimento dessa doença.

 

A diabetes é uma das principais causas de morte no mundo. De acordo com a última atualização da folha informativa da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), ela ocupa o 7° lugar neste ranking. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), essa doença afeta mais de 13 milhões de brasileiros. Um dos fatores que contribuem para o seu surgimento é a resistência insulínica, também conhecida como hiperinsulinemia.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e tem como principal função controlar a glicemia. Em outras palavras, ela facilita a entrada de glicose nas células, onde será utilizada como fonte de energia ou armazenada em forma de glicogênio. Em pessoas diabéticas, ocorre escassez em sua produção e o organismo passa a ter problemas para conseguir metabolizar adequadamente os açúcares presentes nos alimentos. Culminando assim, em um quadro de hiperglicemia, ou seja, excesso de açúcar no sangue.

Existem três formas de diabetes. De tipo I, II e gestacional. A diferença entre elas se dá em função de sua origem. A primeira é uma doença autoimune que bloqueia totalmente a produção de insulina. Enquanto isso, na segunda, o pâncreas ainda a produz, porém, de forma insuficiente, não conseguindo ser totalmente metabolizada em consequência da resistência insulínica que ocorre nos músculos e nos órgãos. Por fim, a terceira ocorre temporariamente durante a gestação.

Continue lendo e entenda melhor como a hiperinsulinemia afeta o funcionamento do organismo e por que ela exige tamanha atenção. Confira!

 

Como se inicia a resistência insulínica?

A diabetes do tipo II pode ter uma origem genética, mas a maior parte dos casos tem início em decorrência de múltiplos fatores como a obesidade, alta ingestão de carboidratos simples e a falta de exercícios físicos. Quando não tratada no tempo e da maneira certa, diversas comorbidades podem surgir como cegueira, insuficiência renal, infarto e AVC

Essa é uma doença silenciosa. É possível que se passem muitos anos até que você perceba seus sintomas. Mas, é sabido que antes que a diabetes ocorra de fato, os pacientes apresentam um quadro de resistência insulínica. Isso porque, com o aumento da circulação de açúcares no sangue, o pâncreas dá início a uma produção excessiva de insulina para metabolizar essa demanda de entrada de glicose nas células. 

Com isso, as células passam a encontrar dificuldades em assimilar tamanha quantidade de hormônios, gerando a hiperinsulinemia. Mas, como as principais causas incidem sobre a origem dessa condição? Acompanhe e saiba mais!

 

Quais as principais causas da hiperinsulinemia? 

Como já mencionamos, a resistência insulínica pode ter um fator genético associado. Neste caso, desde sua formação, o pâncreas não consegue produzir a quantidade de insulina necessária para a metabolização da glicose nas células. Outras vezes, esse processo se dá gradualmente. Entretanto, os principais fatores geradores desta condição estão relacionados aos hábitos adotados. Confira abaixo.

 

Obesidade

A obesidade é considerada a principal causa, principalmente quando se concentra na região abdominal. As células adiposas, ou adipócitos, armazenam a gordura sob a pele e ao redor de alguns órgãos. Quando estão com grande quantidade de moléculas orgânicas como os lipídios (gorduras) em seu interior, elas passam a produzir substâncias inflamatórias, dando início ao processo de hiperinsulinemia.

 

Sedentarismo

Por outro lado, o sedentarismo também se apresenta como uma causa importante. Todas as nossas células musculares utilizam o açúcar do sangue como fonte de energia. Muitas vezes, elas metabolizam a glicose mais facilmente. Quando adotamos um estilo de vida sedentário e não nos exercitarmos com regularidade, os músculos passam a requisitar uma maior quantidade de insulina para essa metabolização.

Conheça agora como é feito o diagnóstico e quais são os tratamentos para esta doença. 

 

Qual o diagnóstico e tratamento disponíveis?

A hiperinsulinemia é uma doença sem sintomas aparentes. Atinge pessoas de todas as idades e, além de causar diabetes, também favorece os quadros de obesidade, ovários policísticos e outras doenças. Devido a sua gravidade e por ter uma evolução gradual, um diagnóstico precoce auxilia no seu controle.

Por conta de sua característica assintomática, os médicos, geralmente, investigam as alterações por meio de um exame de glicemia em jejum. Porém, muitas vezes, os resultados ficam dentro dos valores de referência em resposta aos níveis elevados de insulina. Para estes casos, é realizado um rastreio metabólico, em especial, em pacientes com sobrepeso, obesidade e esteatose hepática.

Como exemplo de outras abordagens para realização de diagnósticos podemos citar:

  • Infusão contínua de glicose com emprego de um modelo matemático;
  • Glicemia e insulinemia basais e após sobrecarga oral de glicose;
  • Clamp euglicêmico hiperinsulinêmico;
  • Prova de supressão da insulina;
  • Teste de tolerância à insulina;
  • Teste de tolerância à glicose.
 

É fato que a hiperinsulinemia pode acontecer com qualquer indivíduo. Ainda que sustente um bom histórico médico, se você relaxar a dieta e abandonar atividades físicas como exercícios aeróbicos ou de força, você corre o risco de, futuramente, desenvolver diabetes. Outro ponto que é preciso salientar é a importância da atenção com a obesidade infantil. Devido ao seu caráter congênito, muitas crianças sofrem com essa doença sem saber.

Busque uma alimentação saudável, com ingestão adequada de nutrientes. Preferencialmente, procure acompanhamento de um profissional para desenvolver uma dieta que supra as suas necessidades metabólicas. Institua na sua rotina a prática de exercícios físicos, se possível, 30 minutos por dia. 

O tratamento da resistência insulínica necessita acompanhamento de um clínico geral ou endocrinologista. Consiste em perda de peso, aumento na frequência de atividades físicas e monitoração da glicemia. Aconselha-se também visitas regulares ao médico a cada três ou seis meses.Não hesite em procurar ajuda profissional, mesmo que seja para tirar dúvidas. A maior parte das doenças podem ser revertidas quando há um diagnóstico precoce. Entre em contato com um de nossos atendentes e agende uma consulta com nossos especialistas!

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