O câncer do colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal e, também, a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Ele é causado pela infecção do vírus HPV (Papilomavírus Humano). As células que compõem o colo uterino podem sofrer agressões se multiplicando de maneira descontrolada e daí desencadeando diversas alterações que, com o passar do tempo, podem se tornar um tumor.
SINTOMAS DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
Em geral, o câncer de colo do útero em estágio inicial ou até mesmo o pré-câncer não apresentam sintomas, por isso a necessidade das visitas regulares ao ginecologista. Exames como Papanicolau, colposcopia e vulvoscopia, são indicados para elucidar sobre a saúde da paciente.
No entanto, quando descoberto no estágio mais avançado, este quadro já pode apresentar sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. Neste caso, quando o câncer já está em curso, exames como biópsia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser feitos para identificar a extensão do tumor e seu estadiamento.
O câncer do colo de útero é dividido em estágios, que definem a evolução do quadro da paciente:
Estágio 0 ou carcinoma in situ: quando as células cancerígenas ainda estão na superfície do colo do útero;
Estágio I: quando o câncer invade o colo do útero, mas se mantêm no local;
Estágio II: o câncer já saiu do útero, mas ainda não se espalhou para as paredes da pelve ou para a vagina;
Estágio III: o câncer atingiu a vagina e a parede da pelve e pode causar o bloqueio da uretra;
Estágio IV: o câncer já se espalhou para outras regiões do organismo como bexiga, reto, pulmões ou fígado.
TRATAMENTO
O tratamento para cada caso específico deve ser indicado pelo profissional especializado. Os mais comuns são a cirurgia, radioterapia e quimioterapia como um complemento. Na cirurgia, por exemplo, os médicos retiram o tecido atacado pelo câncer ou optam pela retirada do útero todo, variando conforme o estadiamento do tumor e também pelo desejo da paciente em ter ou não filhos.
Já na radioterapia, a radiação é usada para matar as células cancerígenas. Ela pode ser feita externamente – quando um raio é aplicado de fora do corpo – e internamente, quando o material da radioterapia é colocado dentro da vagina por alguns minutos.
PREVENÇÃO
A melhor forma de evitar o câncer do colo de útero é prevenir-se da infecção por HPV. Eis a importância em usar a camisinha no ato sexual. Além da camisinha, existem duas vacinas para prevenção HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Cuide-se, não fume e mantenha uma vida saudável. Visite regularmente o ginecologista. Mantenha seus exames ginecológicos em dia, pois são eles que permitem uma detecção precoce de doenças, proporcionando uma chance maior de recuperação.
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