Suicídio. Palavra bastante conhecida, porém pouco discutida. É um tabu que precisa ser quebrado.
Por isso, em 2014, foi lançado o Setembro Amarelo, uma campanha com o objetivo de enfrentar um problema que mata 800 mil pessoas por ano. Isso mesmo, segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada 40 segundos, alguém acaba com a própria vida em algum lugar do mundo. É a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos. Mas é possível entender como prevenir o suicídio!
De acordo com estimativas, 60 pessoas do ciclo social (família, amigos, colegas de trabalho/classe) do suicida são afetadas diretamente pelo ato. O falecimento por autoextermínio gera um sofrimento diferente em quem fica, por se sentir, de alguma forma, responsável pelo que aconteceu. Uma série bastante popular na Netflix, 13 Reasons Why, trata sobre o tema.
A função que o Setembro Amarelo tem é tornar comum um assunto que, apesar de presente na realidade das pessoas – os números mostram isso, ainda está oculto das conversas entre amigos, dos debates escolares e das campanhas preventivas na mídia.
Falar sobre o suicídio, desconstruindo tabus, é uma excelente forma de evitar que ele aconteça.
A psicologia tem um papel fundamental no processo de prevenção. Uma pessoa que conversa com um profissional especializado em saúde mental tem menos chance de cometer um suicídio. Nunca subestime o valor de um bom papo. Entenda abaixo:
COMO PREVENIR O SUICÍDIO
Você deve se perguntar: é possível evitar que um suicídio aconteça? Sim! Na verdade, praticamente todos podem ser impedidos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, existe prevenção para 90% dos casos. O problema é que o assunto ainda é um tabu, e, para que o risco seja identificado, é necessário conversar, falar abertamente sobre o tema.
Fingir que a possibilidade de suicídio não existe significa aumentar as chances de que ele aconteça. Por conta da imensa quantidade de casos espalhados pelo mundo, hoje isso é tratado como um problema de saúde pública. Tanto é que a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), em comunicado, destaca que o autoextermínio pode ser motivado por diferentes fatores.
“Embora a relação entre distúrbios suicidas e mentais (em particular, depressão e abuso de álcool) esteja bem estabelecida em países de alta renda, vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momento de crise, com um colapso na capacidade de lidar com estresses da vida – tais como problemas financeiros, términos de relacionamento ou dores crônicas e doenças”, explicou a agência.
Ou seja, uma pessoa pode pensar em se matar por conta de um distúrbio mental que evolui por não ter tratamento adequado, por dependência química ou por um “gatilho” despertado depois de uma mudança brusca e inesperada na vida. A questão é que não há um remédio com receita capaz de zerar as mortes por autoextermínio.
Por isso, a importância de perceber os sinais.
Se você nota uma alteração de comportamento, de hábitos, um isolamento de alguém próximo, não tenha medo ou vergonha de perguntar o que está acontecendo, de oferecer ajuda. Jamais condene, sempre ouça. Ou caso você mesmo esteja numa situação complicada, percebe que sofre alterações de humor repentinas ou tem pensamentos depreciativos, fale com alguém. Converse abertamente.
E saiba: a forma mais eficaz de prevenir o suicídio é com auxílio de um profissional. A psicologia é o estudo da mente e do comportamento humano. O CMM – Centro Médico Martins conta com uma equipe qualificada para tratamento, promoção e prevenção à saúde.
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