fbpx

Exame Pré-Natal: por que ele é tão importante para a mãe e para o bebê?

Exame Pré-Natal: por que ele é tão importante para a mãe e para o bebê?

A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.

Para que a gravidez transcorra com segurança, são necessários cuidados da própria gestante, do parceiro, da família e, especialmente, dos profissionais de saúde. A atenção básica na gravidez inclui a prevenção, a promoção da saúde e o tratamento dos problemas que ocorrem durante o período gestacional e após parto.

 

Objetivos do pré-natal

  1. Programar se possível a concepção para o rastreio de eventuais doenças, alterações genéticas e/ou, alterações nutricionais
  2. Diagnosticar ou confirmar a gravidez, quando ainda existem dúvidas;
  3. Diagnosticar ou confirmar doenças maternas preexistentes, tratando-as de modo a reduzir seu impacto na evolução da gravidez e nos seus resultados;
  4. Orientar a gestante quanto aos hábitos de vida, dieta, atividade física, entre outros;
  5. Ampara-la social e psicologicamente e orienta-la para o parto e aleitamento, ensinando noções de puericultura;
  6. Acompanhar a evolução da gravidez, observando as condições da gestante e o desenvolvimento do feto,
  7. Diagnosticar intercorrências gestacionais (doenças)
  8. Adotar medidas preventivas recomendadas para proteção da gestante e do feto.
 

Início do pré-natal

Deve ser iniciado o mais precoce possível, uma vez que permite a identificação e a prevenção de intercorrências clínicas, cirúrgicas e obstétricas que possam trazer agravos a gestante ou ao seu feto.

O ideal é que a mulher tenha se submetido a consulta pré-concepcional, na qual tenha descartado alterações passíveis de tratamento.

O ministério da saúde recomenda a realização de pelo menos, 06 consultas durante a gestação.

A frequência das consultas de pré-natal, devem ser individualizadas conforme a necessidade de cada paciente, e geralmente seguem o seguinte padrão:

  • Até 32 semanas de gestação = 01 vez ao mês.
  • De 32 a 36 semanas de gestação = 02 vezes ao mês.
  • Acima de 36 semanas de gestação = 01  vez por semana.

Não existe alta do pré-natal, mesmo quando a gestação está de termo. É necessário realizar acompanhamento até o parto e após dele também.

 

Anamnese na gestação

Deve ser minuciosa e levantar todos os aspectos para avaliação completa da gestante.

Na identificação deve-se conter no mínimo as seguintes informações: nome, idade, cor, profissão, estado civil, procedência, escolaridade.

Na queixa principal avaliar se tem sintomas e há quanto tempo eles estão presentes.

Histórico familiar para avaliar se há possibilidade e doenças hereditárias.

História pregressa para avaliar doenças que já acorreram e se as mesmas podem ter repercussão na gestação e no feto.

História ginecológica para investigar a data da última menstruação, padrão do ciclo menstrual, menarca entre outros.

História Obstétrica atual e pregressa contento todas as informações dessas fases.

Quanto maior o número de informações melhor é o acesso e acompanhamento da gestante.

 

Exame físico na gestação

E de extrema importância em todas as consultas de pré-natal realizar exame físico para o acompanhamento, desenvolvimento adequado da gestação, bem como definição de vias de parto.

De modo geral, o exame físico específico, verifica-se, o peso e a pressão arterial da paciente, altura uterina, ausculta dos batimentos cardíacos do feto, especular e toque vaginal.

 

Exames solicitados no pré-natal

Na primeira consulta diversos exames são solicitados, entre eles(básicos): hemograma completo, glicemia de jejum, tipagem sanguínea e determinação do fator Rh, sorologias para hepatite B, hepatite C, Sífilis, HIV, toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola, tsh, t4l, exame protoparasitológico de fezes, exame de urina e urocultura, colpocitologia oncótica (Papanicolau). Esse último exame pode ser dispensado, se você o tiver feito no último ano e não houver alterações.

Também serão feitas ultrassonografias, que vamos explicar melhor ao longo do artigo.

Os exames laboratoriais serão novamente solicitados no segundo e no terceiro trimestre de gestação, sendo incluído ainda o exame de tolerância à glicose, específico para detectar a diabetes gestacional. Outros exames podem ser solicitados, de acordo com a avaliação e necessidades individuais da paciente.

No terceiro trimestre também e feita a coleta da secreção anal e vaginal para pesquisa de uma bactéria Streptococcus agalactiae. Caso ela seja positiva, é necessário avaliar a necessidade do uso de antibiótico antes do parto para profilaxia do recém-nascido. A necessidade do antibiótico se dá por algumas variantes: via de parto, se a bolsa amniótica esta íntegra ou rota, tempo de bolsa rota, idade gestacional, caso de infecção do bebê em gestações anteriores, entre outros.

 

Exames complementares mais comuns no pré-natal

Alguns exames complementares podem ser solicitados se houver alterações nos exames rotineiros ou ainda se a condição clínica da gestante exigir. São eles:

  1. Amniocentese e biópsia de vilo-coriônico: indicados na suspeita de doenças genéticas ou para gestantes de alto risco.
  2. Teste de tolerância oral a glicose: em casos de suspeita de diabetes gestacional, podendo complementar a glicemia de jejum.
  3. Teste da fibronectina fetal: em casos de suspeita de rompimento prematuro da bolsa.
  4. Ecocardiograma fetal: auxiliar no diagnóstico de doença cardíaca no bebê.
  5. Teste de Coombs: solicitado todos os meses caso a mãe tenha o sangue Rh negativo e o pai Rh positivo. A incompatibilidade entre o fator Rh do sangue materno e do feto pode fazer com que o organismo da mãe crie anticorpos contra o Rh positivo do bebê, causando uma doença conhecida como eritroblastose fetal. Se os anticorpos forem detectados no sangue materno, a mulher deve tomar uma vacina específica para essa condição.
 

Ultrassonografias realizadas durante o pré-natal

Em geral são solicitados no mínimo 4 ultrassonografias ao longo da gestação, podendo ser obstétrica simples. Morfológica e obstétrica com doppler dependendo da idade gestacional.

O número de ultrassonografias deve ser individualizado para cada paciente.

 

O primeiro ultrassom

O primeiro ultrassom é solicitado logo na primeira consulta. Ele é feito via transvaginal, preferencialmente entre a 7ª e a 8ª semana da gestação, quando já é possível visualizar o saco gestacional e os batimentos cardíacos do embrião.

Seus principais objetivos são confirmar a gravidez, saber se é uma gravidez única ou múltipla (com dois ou mais fetos) e se a gravidez é tópica (o embrião cresce dentro do útero) ouectópica (o saco gestacional está fora do útero, nas trompas). Nesse segundo caso, geralmente é necessária uma intervenção cirúrgica.

O primeiro ultrassom também é utilizado para precisar o tempo de gravidez e compará-lo à data da última menstruação informada pela mulher. Esses dados são importantes para determinar a data prevista para o parto — definida ao fim de 40 semanas, embora a gestação possa se estender até a 41ª semana.

 

O segundo ultrassom

A segunda ultrassonografia deve ser feita, preferencialmente, entre a 11ª e a 14ª semanas de gestação. Ela é chamada de ultrassom morfológico do primeiro trimestre, e seu principal objetivo é avaliar algumas estruturas fetais, em especial um líquido que fica na região da nuca, conhecido como translucência nucal. O volume aumentado desse líquido pode ser um indicativo de Síndrome de Down ou outras doenças cromossômicas. É importante seguir o tempo recomendado para a realização do exame porque após a 14ª semana essa estrutura já não é mais visível nas imagens de ultrassom.

Nesse exame, também é verificada a presença do osso nasal e o ducto venoso do bebê, ambas medidas também são utilizadas para rastreio de malformações fetais. E também é possível ouvir seus batimentos cardíacos e conferir a idade gestacional.

Avalia-se também a doppler das artérias uterinas materna, que se alterados podem sugerir predisposição para pré-eclampsia/ eclampsia , restrição de crescimento fetal entre outros.

 

O terceiro ultrassom

O terceiro ultrassom é o morfológico do segundo trimestre. Ele é feito entre a 20ª e 24ª semana da gravidez. Nessa etapa é possível enxergar o bebê com mais detalhes, permitindo avaliar se seu crescimento e aparência estão dentro dos padrões de normalidade. Serão avaliados órgãos internos e externos como estruturas cerebrais, coração, rins, pulmões, dedos dos pés e das mãos, etc.

O médico também vai medir o fêmur e a circunferência abdominal e assim, você saberá o tamanho do seu bebê nessa fase! É um exame importante para detectar malformações e também para avaliar se as artérias que levam sangue e nutrientes para o bebê através da placenta estão dentro do esperado. Além disso, é nessa hora que você pode descobrir o sexo do bebê, com mais precisão do que em eventuais exames que possa ter realizado mais  precocemente.

Lembrando que a visualização do sexo do bebê já é possível a partir de 16 semanas. Porém depende de alguns fatores como:  posição fetal e/ou biótipo materno.

 

O quarto ultrassom

Por fim, o quarto ultrassom é feito no final da gestação, após a 35ª semana. É nesse momento que será analisada a posição do bebê no útero: se ele está cefálico (cabeça para baixo), pélvico (sentado) ou córmico (transversal). Também será avaliada a localização da placenta, o volume do líquido amniótico — polidrâmnio quando há muito líquido e oligoâmnio, quando há pouco — o tônus muscular, respiração e movimentação do bebê, etc. Todos esses dados são de extrema importância para o planejamento do parto e para prever e evitar complicações.

Ele pode ou não estar acompanhado do doppler ( medida : artéria cerebral média fetal, artéria umbilical fetal e artérias uterinas maternas), caso o obstetra julgue necessário avaliar. Geralmente e solicitado quando precisa ser investigado os seguintes aspectos: restrição de crescimento fetal, macrossomia fetal ( bebê muito grande), risco para pré-eclapsia/eclampsia, alterações no volume do líquido amniótico, entre outros.

 

Gestantes podem ser vacinadas?

É importante que, sempre que possível, antes de engravidar a mulher esteja com seu calendário vacinal em dia. Isso porque algumas vacinas, algumas importantes para evitar doenças congênitas, são contraindicadas durante a gestação. É o caso, por exemplo, da vacina tríplice viral, que contém o vírus atenuado da rubéola.

Nas vacinas feitas com vírus atenuado, o vírus ainda está vivo, mas com baixo poder de contaminação, o que não traz riscos para as pessoas em geral. No entanto, para os fetos ainda em formação eles são perigosos e podem causar malformações ou mesmo o aborto.

Outras vacinas com essa composição e que as gestantes não devem tomar são: BCG, catapora, poliomielite, caxumba e sarampo.

De acordo com a condição vacinal da gestante algumas vacinas em atraso poderão ser indicadas.

 

Vacinas indicadas no pré-natal

O histórico vacinal da gestante será avaliado pelo obstetra. Para as que estiverem com o calendário atrasado será preciso tomar as três doses contra a hepatite B e as três doses da vacina dT, contra difteria e tétano.

A vacina contra a Influenza, que oferece proteção contra complicações causadas por vírus da gripe, deve ser tomada por todas as gestantes, mesmo as que estiverem no primeiro trimestre da gravidez. Ela é ofertada durante a campanha anual contra a gripe ou durante todo o anos nas clínicas particulares.

Em 2014, o Ministério da Saúde incluiu no calendário de vacinação da gestante a vacina dTpa, contra difteria, tétano e coqueluche. Essa vacina deve ser tomada entre a 20ª e a 36ª semanas de gestação. A inclusão tem o objetivo de proteger os recém-nascidos contra a coqueluche, já que os anticorpos produzidos pela mãe passam para o bebê.

Os casos de coqueluche cresceram muito nos últimos anos, sendo que 87% deles acometeram bebês menores de seis meses. Nessa idade os pequenos ainda não completaram o esquema vacinal e ficam mais suscetíveis à doença. Por isso, a importância da vacinação da gestante para dar alguma proteção ao recém-nascido

Agora que você já sabe como é feito o exame pré-natal e por que esse acompanhamento é tão importante para a saúde da mamãe e do bebê, não o deixe para depois. Caso esteja planejando uma gravidez, faça uma avaliação médica e procure assistência. Entre em contato conosco e agende uma consulta com um de nossos profissionais.

Deixe uma resposta

Fechar Menu
WhatsApp chat