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Oftalmopediatria: Como funcionam as consultas das crianças ao oftalmo?

Oftalmopediatria: Como funcionam as consultas das crianças ao oftalmo?

Nesse artigo você vai descobrir como funciona e porque é tão importante levar seus filhos a uma consulta em oftalmopediatria. Confira!

 

Dentro da oftalmologia existe um ramo voltado especialmente para cuidar da saúde dos olhos dos nossos pequenos: a oftalmopediatria. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 20% das crianças em idade escolar sofrem com algum problema de visão. A Organização Mundial de Saúde, por sua vez, classifica a miopia como a epidemia do século e aponta o uso de telas como um dos maiores fatores para o desenvolvimento da doença entre os mais jovens. 

Quando o assunto são os problemas de visão, a criança costuma apresentar alguns sinais de que algo não vai bem. Queixar-se de dor de cabeça após as aulas ou esforço visual, apresentar desinteresse, ou dificuldades, durante a leitura e apertar os olhos na tentativa de enxergar melhor, são os indícios mais comuns. 

Mas como detectar problemas de visão quando a criança não sabe ler ou ainda não consegue se expressar? Qual é a melhor idade para a primeira consulta com o oftalmopediatra? Como é a rotina de uma consulta? Continue lendo e descubra a resposta para essas e outras perguntas!

 

O que é oftalmopediatria?

A oftalmopediatria é uma subespecialidade da oftalmologia que confere cuidados e tratamentos específicos para crianças e adolescentes.

Para se capacitar nessa área, o estudante precisa passar por três anos de residência em oftalmologia, seguidos de mais dois de especialização. Dessa forma, ele estará apto a diagnosticar, tratar patologias e alterações oculares. É habilitado também para fazer o acompanhamento do desenvolvimento da visão da criança.

 

Qual é a melhor idade para a primeira consulta?

Não existe uma idade ideal para a primeira consulta. Entretanto, ainda que não haja um consenso sobre a frequência com que se deve levar uma criança ao oftalmopediatra, alguns profissionais aconselham que a primeira consulta seja aos seis meses de vida. Como preventivo, os especialistas sugerem que se faça um acompanhamento anual até os 4 anos. A partir do quinto ano de vida, é recomendada uma visita ao oftalmo a cada 1 ou 2 anos.

De qualquer forma, os cuidados com a visão já se iniciam logo após o parto. Assim que a criança nasce, ela é submetida ao teste do olhinho, ou teste do reflexo vermelho. Esse exame é aplicado pelo pediatra e tem por função principal analisar, entre outras coisas, como os olhos da criança reagem aos estímulos de luz nos seus momentos de vida. Já nos casos de parto prematuro, as crianças necessitam atenção redobrada. O especialista avalia a evolução da visão do recém-nascido durante os três primeiros meses, após a alta do hospital.

Nossos olhos são órgãos que alcançam sua fase adulta aos 7 anos e têm o maior desenvolvimento nos primeiros 12 meses. Por isso, é tão importante que seja feito o acompanhamento. Dessa forma, qualquer alteração detectada precocemente tem maiores chances de receber o tratamento adequado.

 

Quais são as doenças mais comuns?

Diversas doenças podem ser consideradas comuns em crianças e grande parte delas têm tratamento se diagnosticadas precocemente. Conheça algumas das mais frequentes nos pequenos.

 

Ametropia

É uma das doenças mais comuns. Também conhecida como Erro Refrativo, ocasiona a focalização inadequada da luz. Os tipos mais comuns de ametropia são a miopia, hipermetropia e o astigmatismo.

 

Glaucoma congênito

Devido a um acúmulo de líquidos, é gerado um aumento da pressão dentro do olho. Isso faz com ocorra lacrimejamento, córnea turva e fotofobia. O tratamento pode ir desde incluir colírios para aliviar a pressão interna ou, em casos mais graves, cirurgia.

 

Catarata congênita

A catarata congênita pode ocorrer em um olho ou em ambos. Se trata de uma mancha branca e indolor que se forma no cristalino, o que impede a formação de imagens nítidas. É uma das principais causas de cegueira tratável infantil. 

 

Ambliopia 

É popularmente conhecida como “olho preguiçoso”. Os olhos parecem não funcionar em conjunto, causando um tipo de compensação. Um deles recebe menos estímulos que o outro, gerando uma diferença no desenvolvimento entre eles.

 

Estrabismo

Se trata de um desalinhamento dos olhos e causa uma duplicidade da imagem. O tratamento inclui o uso de óculos especiais ou cirurgia, em casos mais severos.

 

Retinoblastoma

É um tipo de câncer que pode ocorrer em ambos os olhos ou apenas em um. Comumente apresenta poucos sintomas e, quando diagnosticado precocemente, pode ser curado. A retina pode vir a ficar branca em contato com a luz, evidenciando a doença.

 

Doenças sazonais

Alguns tipos de alergias são transmitidas com maior facilidade. A conjuntivite é um dos exemplos mais comuns de inflamação causada por alergia. Essas doenças podem ter uma origem viral ou bacteriana.

 

Como é uma consulta?

A oftalmopediatria abrange várias fases durante o desenvolvimento infantil, o que faz com que a abordagem varie em cada etapa. Bebês podem ser examinados com o teste do olhinho, como citamos anteriormente. A simples observação também confere informações importantes, ao especialista, como, por exemplo, se a criança consegue acompanhar o movimento de objetos e pessoas. 

Testes motores podem ser aplicados em crianças de até 2 anos para observar a capacidade de desviar ou agarrar objetos. Com crianças que ainda não falam, outros podem ser aplicados, como o Teste dos Cartões de Teller, por exemplo. 

Já em crianças a partir dos 4 anos, por conseguirem se comunicar com maior clareza, testes com letras, números e imagens podem ser feitos. Os cálculos de graus de óculos são feitos através de autorrefratores eletrônicos ou lentes soltas, o que também possibilita uma análise independente do estágio de desenvolvimento da criança.

 

Quando devo procurar ajuda profissional?

Segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde, no Brasil, temos 32.000 crianças cegas. Como citado anteriormente, muitas das doenças oftalmológicas têm cura, quando tratadas precocemente.

Nesse sentido, pais, familiares, amigos, professores e responsáveis precisam ficar atentos aos comportamentos da criança. Muitas doenças oculares, como a miopia, podem ser identificadas através da observação diária. Baixo rendimento escolar, falta de concentração, lacrimejamento excessivo também podem ser sinais de problemas de visão e merecem atenção.

Algumas crianças precisam realizar exames de rotina. Por exemplo, quando há casos de histórico familiar de doenças como catarata, glaucoma, estrabismo, entre outras alterações significativas. Procure ajuda na primeira queixa da criança ou quando surgir dúvidas em relação ao desenvolvimento da visão de seu filho. Entre em contato conosco e agende uma consulta com um de nossos especialistas em oftalmopediatria!

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